Fontes alternativas de renda

Se ocorrer uma crise financeira, mesmo que você esteja empregado, pode ser interessante analisar sua situação profissional. Seu salário corresponde ao que você faz? Há possibilidade de negociação? Se isso não for possível, procure de forma criativa fontes alternativas de renda.

Se sua esposa não estiver trabalhando, talvez seja hora de começar a fazer uma atividade que garanta alguma renda. O mesmo vale para seus filhos se tiverem idade suficiente para pagar por coisas como faculdade. Para fazer isso, você precisará mudar sua mentalidade. Não se sinta um fracassado ou desamparado diante da situação. Pelo contrário, sinta que tem uma família realmente estruturada para superar situações difíceis. E lembre-se: o problema, por mais difícil que pareça, é passageiro.

Na hora do recebimento de ganhos adicionais como férias, comissão, bônus, restituição de imposto de renda ou décimo terceiro, vale perguntar: o que fazer com esse dinheiro? Se a intenção é eliminar algumas dívidas, o comprometimento deve ser ainda maior. Como geralmente os prazos de pagamento variam e as taxas de juros variam, é necessário analisar cuidadosamente a melhor forma de utilizar essa reserva para reduzir o saldo total da dívida.

Tente calcular o quanto suas despesas mensais diminuiriam se você conseguisse quitar parcialmente cada uma de suas dívidas. Com base nisso, decida qual a melhor forma de utilizar essa reserva financeira, priorize sempre dívidas com taxas de juros mais altas.

Você conhece o efeito juros?
É importante saber como os juros são calculados. Você sabe? Normalmente são calculados juros compostos, os chamados “juros sobre juros”.

Por exemplo: imagine que você tenha uma dívida de R$ 1.000 em janeiro. Com uma taxa de juros de 10% ao mês, seu desenvolvimento seria pelo menos o seguinte (sem levar em consideração outras taxas):

• Janeiro: R$ 1.000
• Fevereiro: R$ 1.100 (10% de R$ 1.000)
• Março: R$ 1.210 (10% da parcela de fevereiro)
• Abril: R$ 1.331 (10% da parcela de março)
• Maio: R$ 1.464 (10% da parcela de abril)
• Junho: R$ 1.610 (10% da parcela de maio)

Qual é o teu objetivo?
Pagar dívidas ou não? Tenha sempre em mente o objetivo final, que é sair do vermelho o mais rápido possível. A melhor maneira é reduzir o tamanho dos obstáculos: você manterá o número de pendências, mas devendo menos em cada um.

Por fim, mesmo com as férias se aproximando, cuide da sua saúde financeira: resista às compras por impulso e mobilize sua família para esse objetivo. Um pouco de esforço hoje pode determinar sua paz de espírito no futuro. Lembre-se: a principal característica das dívidas é a velocidade com que elas se desenvolvem. Siga seu objetivo e boa sorte!